E O TEMPO LEVOU ...


Google Imagens


Entre o marido e a empregada, minha filha, fique com a empregada.” E antes que me chamem de patricinha, digo que sou Geradora de Renda Social, alguém indispensável na cadeia econômica do país. Enquanto puder e a Dilma permitir, empregarei domésticas para lavar, passar, cozinhar, olhar meus filhos, mas antes de tudo, para que possam melhorar suas vidas particulares. Ih! Será que ainda podemos chamá-las assim? Empregadas? Detesto a turma do “politicamente correto”. Estão engessando as relações, enrijecendo a vida.  Pior, incitando o ódio intersocial. Por isso sou fã da Tatá Werneck. Googa lá. Diversão para toda a família.
Esta semana caí doente. Logo nas férias das crianças. Mãe sofre. Filho também, vai. Aguentar a gente não é tarefa simples. Graças ao meu marido, sim, sim, a meu marido, minha situação ficou mais leve. Como foi bom para mim este homem! Cuidou de tudo, foi supercarinhoso, atencioso, um príncipe. Uma amiga disse que é desconfiável tanta devoção. Discordo. Quero discordar. Momento “puxa-saco do marido, investimento na relação.”
Infelizmente as profissionais que entravam em nossas casas um dia pela manhã e nunca mais saíam não existem mais. Pena! Coisas boas que o tempo moderno levou. Ajudavam a criar nossos filhos, mandavam na gente e na casa da gente. Graças a elas podíamos estudar, trabalhar e nossos filhos eram criados com muito amor e atenção por duas mães. Tipo tia Nastácia e Dona Benta. Mulheres dispostas a engolir muito sapo para continuar trabalhando para nós. Sabiam cozinhar muito bem, passar uma roupa com gosto, lavar de maneira impecável, caprichosas nos detalhes. Comprometidas com o ofício. Imperativas, é verdade, mas de primeira linha. E olha que os “direitos “ passavam bem longe delas. Hoje, mesmo com todas as deferências governamentais a favor da classe, assistimos a uma decadência sem precedentes.  As empregadas de hoje só visam os direitos. São elas que entrevistam o patrão. Pulam na maior cara-de- pau o tópico dos deveres. Sem falar nos maus-tratos que assistimos. Com as crianças sim, mas com as roupas e os itens residenciais também. E nem pense em descontar.
Ser mulher no mundo moderno é viver no “perrengue” entre uma empregada e outra. E o chefe não quer nem saber. O mundo corporativo não dá a mínima. E como desgasta. Como envelhece. Nossa! Selvagem. Quem salva a lavoura agora? Quem diria, O Maridão. É com ele que contamos para ajudar. Pois é, mamãe, me desculpe, mas vou ter que ficar com ele. Já não se fazem mais domésticas como antigamente.

Até a próxima!

Paula Santana