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Dizem que bicho é ótimo para crianças.
Segundo matéria da revista Crescer, podem
alegrar, ensinar e até mesmo curar. Parece que algumas pesquisas, inclusive,
revelam o bem que cachorrinhos, gatinhos, peixinhos, coelhinhos,
passarinhos e outros animais são capazes
de promover durante um tratamento médico. Combater alergias, problemas
psicológicos, paralisias, etc e tal.
Meu filho mais velho sempre quis ter um
animalzinho em casa e até acertarmos, confesso que foi lenha. Naquela época
ainda era o único em nossas vidas e para lhe fazer companhia, resolvemos
comprar um beaggle. Mauí, a cadela, era uma graça.
Fofa mesmo, porém, hiperativa. A bichinha corria sem parar pela
casa, tinha energia para atravessar uns dez campos oficiais de futebol em menos
de trinta segundos, não ficava quieta por nada neste mundo, além de latir o
tempo todo e alto. Muito alto. Coisa de louco! Sem contar que comia tudo o que
via pela frente. Cadeira, armário, brinquedo, não fazia distinção. Era bem
democrática no quesito alimentação. Inacreditável! Eu já não sabia mais o que
fazer. Era fato que conosco, não poderia mais
ficar. Uma vizinha querida, vendo a situação periclitante que se instalara,
manifestou o desejo de levá-la para seu sítio
na serra, com intuito de me ajudar. Nem pisquei, admito. Placar: 1x0 para minha
falta de habilidade.
A partida de Mauí deixou marcas. Uma
tristeza grande se abateu sobre o meu lar. Solução? Outro animalzinho de
estimação. Claro, mãe faz qualquer coisa por filho. Se for único, então!?
Adotei dois gatos. Escolhi logo uma dupla de felinos para o meu pequeno
príncipe. Tigre e Floquinho. Ou seria Pipoca e Flofinho? Não lembro mais. Também,
tudo bem, não deu certo mesmo. Meu menino não se adaptou à frieza e distância peculiares da
espécie. Conclusão: doei. Dois a zero para minha falta de habilidade.
Mais uma vez um vazio preencheu nosso
lar. Depois de duas tentativas sem sucesso, decidi que era mais prudente optar
por peixinhos do tipo beta. Depois ramsters. Em seguida canários. E? Uma frustração atrás da outra. Cinco a zero para minha falta de habilidade. Diante
do placar desfavorável, resolvemos que um irmãozinho era a solução mais
acertada. E aí .... já sabem ... nos empolgamos e ... 02, 03, 04. O problema é
que no final das contas, todos os nossos querido filhinhos resolveram desejar um
bichinho de estimação também. Oh My God!, como dizem por aí
nas redes sociais. E nem preciso reiterar que mãe faz qualquer coisa por filhos,
né? Moral da história? Tenha
responsabilidade. Animal não é brinquedo. Não é legal nem para a família e
muito menos para os bichos este descompasso. A rejeição é uma coisa terrível.
Rejeitar, idem. Deixam cicatrizes profundas. Portanto, pensar bem, analisar,
ponderar, ter calma e prudência são fundamentais antes de sair por aí, tipo eu,
comprando animal como se fosse objeto de transição.
O tempo passou e um belo dia, ganhamos Carmel.
Um presente lindo de meu cunhado para as crianças. Do tipo lhasa,
de pequeno porte, ruiva, redondinha, com cara de invocadinha, é o meu número de cão. O nosso número de cão. Quem diria!? Reinicio de jogo. Silenciosa e tranquila, é a alegria da nossa casa, a quinta filha,
a filha peluda, de quatro patas, o xodó. Nossa "Zezel”
ou “Melzinha” está por aqui há uns sete anos e estamos fortes na partida desta vez. Tanto, que nem posso imaginar o dia em
que a natureza fizer o seu trabalho completo. Bem, mas aí já é assunto para uma outra crônica.
Até a próxima!