Fotos: Mammita |
De
repente ele começou a berrar no chuveiro, reclamando de fortes dores na
barriga, cada vez foi ficando mais curvo, rasteiro e de pé, não ficou mais.
Gritava, gritava, gritava e nada de se acalmar ou se mexer sozinho. Eu?
Esperando para ver se a coisa toda melhorava. Filho caçula é assim: sai mesmo
em desvantagem neste sentido. Isso é verdade.
Não se trata de menos amor, negligência, nada disso. Não passa por aí. É
justamente ao contrário. Excesso de confiança. A gente acha que já sabe muito e
consequentemente .... fica mais calmo, tranquilo, cheio de autoconfiança diante
das situações mais escabrosas. Tipo mulher de médico? Elas traçam diagnósticos,
medicam, sabem tudo de medicina. Se bobear mais que os maridos. E Deus sabe mesmo o que faz. Pelo menos no meu
caso sinto assim. O4 já nasceu rasgando o nariz de ponta a ponta. Tinha pouco
mais de uma aninho quando precisou costurar toda aba direita do narizinho. Foi sinistro. Se fosse o primeiro filho ..... não teria tido o
segundo com certeza. Traumatizei! Anestesia na testa, cirurgião, agulha do tipo anzol, uma
parafernália de filme de terror na tentativa de reconstituir o que ficou
estraçalhado pela roda da cadeira do computador. E nem me perguntem o que um
“bebê” estava fazendo com a cara na roda da cadeira do computador, porque não
sei responder. Coisas de filho caçula! Desbravam ambientes cujo os outros
jamais ousariam explorar. Selvagem!!!
Mas,
me apavorei de verdade quando a minha ajudante doméstica sugeriu com vontade que eu
levasse o garoto para o hospital. Gelei! Mulher de roça, idade avançada, mãe
de cinco, avó de quatorze, mais calma que ela, só uma tia querida que teve
vinte filhos lá nas Minas Gerais.
- Acho que as coisas não estão boas não. Corre
com o menino para a emergência.
Corri.
Minha vizinha me ajudou. Deus é providencial mesmo. Sim, Deus. Conheço muita
gente que vai torcer o nariz agora, dizer que “Deus é uma ova”, mas na minha vida tenho tido a cada
segundo provas concretas de que Deus está cuidando destes meninos comigo. É sério! Minha vizinha abriu a porta na mesma
hora em que eu saía desembestada e dali por diante fez tudo por mim. Me deu apoio prático, moral,
emocional, foi meu Anjo da Guarda. E como eu estava nervosa. Nossa! Minhas pernas não
se mexiam direito diante da possibilidade de anestesias, agulhas, etc e tal novamente. Sim, porque depois
que minha assistente experiente me aconselhou a partir para o hospital, minha cabeça foi até a casa das apendicites e suas primas.
Bom, exames de urina, sangue, temperatura, pressão e .... tudo dentro do normal. As hipóteses mais prováveis então passaram a rondar as cólicas intestinais
possivelmente ocasionadas por uma virose forte que anda por aí. Ah! As viroses .... ultimamente é sempre virose. Acho que no mundo moderno existem mais viroses que pessoas. A outra situação levantada pela médica estava relacionada ao quesito muscular. Principalmente porque naquele dia
especificamente tinha ido a escolinha de futebol, jogou forte para variar, caiu muito, então
.... a indicação: analgésico em caso de dor forte, repouso e observação. Nada de comer porcarias e muito
menos fazer estripulias. Conclusão? Como bem disse minha "Santa" vizinha no auge do "nosso" estresse:
- Querida, fique calma. Vai ficar tudo bem. Estas coisas acontecem para testar nossos nervos, nossa atenção, se nosso coração de Mãe está em dia. Tenho certeza que ainda vamos dar boas risadas disso aqui!
Até a próxima!
Paula Santtana