MUITO BOM!


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Quando fui mãe, digo, efetivamente, ou seja, no momento em que ouvi o choro forte vindo de alguém tão frágil, entendi que podemos amar muito além do que supomos. De que há, sim, algo muito maior do que as coisinhas com as quais despendemos boa parte da nossa existência. E me questionei profundamente: por que perdemos tanto tempo com as mediocridades do mundo, se somos capazes do Além?
O “01” terminou os estudos. Passou para a universidade que queria, para o curso que desejava e, mesmo sabendo que o feito faz parte do roll das obrigações de filho que tem casa, comida, roupa lavada, atenção de pai e mãe, senti uma emoção enorme brotar de dentro do meu peito.  Similar ao dia do parto. E olha que achei que nunca mais sentiria algo de tamanha magnitude, hein? Selvagem!!! Dá medo. Dá muito medo amar assim. A sorte é que amar assim é sensacional na mesma proporção que é assustador, então ... o que sobra deste encontro de forças é um amor neutro, puro, limpo, profundo e intenso, que quase posso sentir quebrando as barreiras do meu corpo material e me libertando um pouquinho das amarras deste plano. Muito bom! Sei lá, mas certas emoções me dão plena certeza da transcendência. Da Divindade. 
Bom, daqui para frente é rezar, entregar mesmo, dedicar confiança absoluta ao homem que criei e que vou deixar para o mundo. Um lindo!!! (Desculpem a falsa modéstia, mas não estou conseguindo resistir). E mesmo ciente que ainda tenho oitenta por cento de missão pela frente para concluir, é muito bom saber que diante do possível imponderável, deixo o irmão mais velho de bem e do bem, para olhar pelos menores. Muito bom! Tipo: pode vir a madastra que for, que as crianças têm uma parte de mim para brigar por elas. Nossa! Uma libertação. Sempre tive a paranoia da madrasta má, admito. Ai, que alegria! Não me canso de repetir: É muito bom, muito bom, muito bom!!! O êxtase é tamanho, que a única coisa que consigo efetivamente compartilhar na crônica desta semana é: Muito bom! 
Aproveito para deixar registrado o quanto valem a pena todos os berros, limites impostos, abdicações pessoais, regras estabelecidas, o papel da bruxa chata, as noites mal dormidas, repetir as mesmas coisas todos os dias,  enfim, todo o ônus pertinente ao papel de mãe. Todos os "Nãos" ditos, principalmente. Sim, sim, porque para alcançar bons resultados é imprescindível contar com a parceria do renegado “Não”  do mundo moderno. Na minha opinião, ele possui um importante lugar ao sol quando o assunto é formar e educar pessoas.

Até a próxima!