TRADUZ SUPERBEM


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Eu aprendo muito sobre maternidade. Em sites, revistas, jornais mas, principalmente, quando ouço as experiências das minhas amiguinhas. Sem preço! Às vezes, me pego pensativa a respeito de uma mulherada que posa para fotos o tempo todo. Que costumam se colocar em outro patamar, outra esfera, insistem em fazer de conta que o lado B da maternidade ou do casamento não as atinge: um peito vazando leite, noites em claro sem dormir, uma barriga que sobrou murcha e pendurada depois que o lindo bebê decidiu sair do casulo, uma solidão que nos assola sem pedir licença, enfim. Ou será que só eu senti estas coisas? Segundo uma prima linda e loura que tenho, não, não sou só eu, não. Para ela, alguns comportamentos do universo feminino, passam por uma competição subliminar bem própria:  
- Querida, tem uma invejinha que permeia as relações, sabe, fica ali, contaminando tudo, desde que somos pequenas, um saco!
Martha Medeiros, acredito, faria coro com a minha prima. Volta e meia, descreve com brilhantismo as inerências do gênero em suas crônicas. E Martha, me faz lembrar de uma outra grande amiga loura, que já morreu inclusive, e me dizia assim:
- Garotinhaaa, tudo bem, se no domingo você não ler o jornal. Superperdoável, ok. Agora a Martha ... Ah! É obrigatório. E sabe por quê? Porque até quando ela é ruim, ela consegue ser extraordinária.” Verdade! Esta semana, por exemplo, dissertou sobre a nossa capacidade de perturbar a vida dos maridos, namorados e namoridos. Muito bom! Imprescindível a leitura.
Tenho dificuldade para lidar com a minha filha. Mesmo sendo eu mulher. E o interessante é que sempre quis ter uma meninA. Vai entender. E já procurei até o Dr. Freud para ver se ele resolve. A esperança é a ultima que morre e por amor aos filhos, a gente faz qualquer coisa mesmo. Até abrir nossa intimidade mais íntima para um estranho, um desconhecido. E preciso de ajuda especializada, é verdade, afinal, a adulta da relação sou eu e, portanto, a maturidade também deve partir de mim. Mas, o fato, é que tenho achado bem complicado lidar com uma simples escolha de roupa. Credo! Um nhenhenhém que Deus me perdoe! E tudo é embalado por um tom de voz estridente, um gestual histérico, como se eu, a mãe, não entendesse nada do que ela fala. Vai ver, até não entendo. Mas como posso compreender uma adolescência aos oito anos de idade?!?! E junto com as amigas, me chama de cafona, porque não a deixo usar um shortinho micro em festa que requer uma indumentária mais sóbria. Aliás, o tal short mais parece um cachecol amarrado no quadril de tão curto. Isso sim. S-E-L-V-A-G-E-M! Não posso deixar minha filha sair fantasiada de mulher. Não posso! O lado bom, e sempre existe um, é que não estou sozinha surfando esta onda. Minhas amiguinhas bem resolvidas, confessam que também andam bem atrapalhadas. E como é bom poder compartilhar nossos problemas, dividi-los com alguém, ouvir o que uma outra mãe fez e deu certo, ser livre das amarras que nos mantém reféns daquela invejinha peculiar a que se refere minha prima. Sou muito grata as mulheres que me ajudam a ser uma mãe melhor, uma pessoa melhor, um ser humano melhor. E a lista é enorme. A mais recente, do pilates, com duas gerações na minha frente, garante que se eu tiver inteligência para não me desgastar com besteiras, tudo vai fluir melhor. Pode ser .... E para terminar a crônica desta semana, deixo uma frase da qual desconheço a autoria, mas que na minha opinião traduz superbem todo o conjunto da obra:
“Se nós soubéssemos o quão rápida é a vida, jamais perderíamos tempo com as mesquinharias humanas.

Até a próxima!

Paula Santtana