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Esta
semana vou abordar um tema que permeia o universo feminino: o preconceito que
sofrem as mães que não amamentam.
O
Brasil é um país de terceiro mundo, onde o culto a amamentação é mais que um
ato de amor. É uma questão de sobrevivência. A atitude de alimentar o filho no
seio é determinante na luta contra mortalidade infantil. Daí tantas campanhas públicas em horário
nobre. Porém, a vida real não é tão simples como demonstram as celebridades na
TV. Muitas mulheres encontram dificuldades de ordem prática e orgânica para
amamentar. Algumas variáveis envolvem a produção de leite materno e determinados hormônios podem atrapalhar o processo. E como é duro não conseguir. Como sofrem as mamães. Principalmente as
de primeira viagem. Quem já viveu a experiência ou testemunhou, sabe do que
estou falando. E antes que os “corretinhos de plantão” digam que estou
advogando em causa própria, já informo que amamentei meus quatro filhos sem
maiores dificuldades. Maiores, porque a dificuldade sempre existe.
Tenho
uma amiga que entrou em depressão violenta por causa disso. O filho nasceu prematuro, não tinha forças para sugar e ela não pode prosseguir. Dramático. Sentiu forte a pressão
social, a repreensão das pessoas. É como se o amor não fosse igual ao da mulher
que amamenta. É como se aquela que nutri com os leites artificiais fosse menos mãe.
Pior, menos mulher. É alguém com defeito, incapaz de dar a própria vida pelo
filho. Selvagem! E relatos parecidos com o dela, já ouvi aos montes. Cruel!
Ah!
Uma correção: O Brasil é um país em desenvolvimento e não de terceiro mundo
como mencionei lá no início. Nossa! Como é chato o universo que os “politicamente
corretos” criaram. E o pior é pensar que permitimos sem reação. Meu Senhor! Mas taí, não me
prendam, por favor. Outra coisa, nada de dizerem que estou fazendo apologias, hein? Gente mala, cruzes. Uma avó postiça, negra, viúva
três vezes, sempre diz que faltou foi um tanque cheio de roupa suja para essa turminha lavar.
Adoooro!
Mas
voltando. Que o leite materno é mais saudável, prático, barato
e rico em ômega 3 é incontestável (a última parte só descobri ao escrever o artigo. Confesso que não
gostei. Me senti tipo um salmão!?) e contra fatos, não há argumentos. Quem sou eu. Amamentem, claro, mas se for possível. P-o-s-s-í-v-e-l. Quando tudo flui de forma saudável, tranqüila, natural, é
maravilhoso dar o peito. Uma delicia mesmo. Mas quando não, vale o bom senso, o equilíbrio. É uma violência enorme sucumbir ao estresse e a neurose. Se não der, relaxa. Levante a cabeça, aproveite o filhote e
agradeça com muita alegria a existência da tecnologia.
Até a Próxima
Paula Santtana