Google Imagens |
E quando a gente pensa que vai ficar
livre da adolescência alheia .... Bom, mas quem foi que mandou povoar o mundo,
não é mesmo? “Toma na cara”, como
dizem os meus pequeninos aqui em casa. Toma na cara? E quando eu pensava que já
tinha ouvido de tudo nesta vida materna .... eles inovam. A gíria do momento agora é essa: Toma na cara. “De quinta”, como diria uma amiga se viva fosse.
Meu 02 está em plena transformação de
hormônios e junto com a mudança física, veio também a emocional. Principalmente
a emocional, melhor dizendo. De chorar! Ora ama tudo a sua volta e no minuto
seguinte já odeia na mesma intensidade. Até parece eu na TPM! Gente, minha
residência não suporta duas pessoas na TPM, não?!?! E depois os meninos dizem
que hormônio é coisa para mulher .... De mulher. Tá bom.
- Por
que você não parou em mim, hein, mãe? Tinha que ter tantos filhos assim? questiona
o adolescente no auge da sua irritação hormonal. Isso quando ele fala, né,
porque na maior parte do dia é tipo entra
mudo e sai calado. E eu sinto uma saudade tão grande de quando ele era literalmente
um BeBê. Uma época onde eu era tudo que existia para ele. O alimento, a
sobrevivência, a ligação com o externo. Uma época onde o controle era meu. Agora?
Toma na cara, Mammita! Só fala quando
interessa:
- Mãe,
posso ir na festa tal? Mãe, posso dormir na casa do fulano? Mãe, compra? Mãe,
busca? Mãe, senta! Deita! Anda, rola, finge de morta! E tome Eminem. Sim, Eminem. E isso me lembra uma outra amiguinha, que também já partiu deste planeta, mas me ensinou o seguinte:
- Garotinha, não reclama da vida. As coisas sempre podem piorar, então ... agradeça por tudo, sempre, de antemão. E aí sou obrigada a me lembrar de quando eu achava que as cólicas eram O Problema. As noites em claro, a falta de liberdade, de privacidade para coisas simples como ir ao banheiro sozinha, enfim. Lêdo engano. Nem imaginava Eminem!?!? De como o buraco era fundérrimo. E isso me faz lembrar de uma outra grande amiga, uma legítima Aquariana, vivíssima da silva, que me falou assim outro dia:
- Garotinha, não reclama da vida. As coisas sempre podem piorar, então ... agradeça por tudo, sempre, de antemão. E aí sou obrigada a me lembrar de quando eu achava que as cólicas eram O Problema. As noites em claro, a falta de liberdade, de privacidade para coisas simples como ir ao banheiro sozinha, enfim. Lêdo engano. Nem imaginava Eminem!?!? De como o buraco era fundérrimo. E isso me faz lembrar de uma outra grande amiga, uma legítima Aquariana, vivíssima da silva, que me falou assim outro dia:
- Fico
imaginando se você não tivesse um senão para pontuar sobre filhos, maternidade, etc e tal, sabia? Era capaz de ter
tido um time de futebol inteiro, né? Debocha com categoria e autoridade.
São assim as aquarianas. Pontuais. E eu adoro, confesso. Independente das
minhas razões e emoções. Sendo que, neste caso, é ela quem está com todas: sim,
eu teria tido o time de futebol. Admito inclusive que ando sentindo uma falta
enorme de bebês. Vai ver é a Lua. A maré. O instinto animal que existe dentro
de mim. Vai saber ... A analista vai saber. Freud sempre consegue explicar, não
é mesmo? Hormônios e psique têm tudo a ver.
E ao som de Eminem embalando o meu “Adorável Mundo Selvagem”, vou tentando
manter a diplomacia por aqui, exercitando minha paciência, tolerância,
compaixão e amor ao próximo. Ser uma pessoa melhor. Uma mulher melhor. Uma mãe
saudável. Existe isso? A possibilidade de Mãe e saúde habitarem a mesma
frase? Bom, mas aí já é um outro assunto, para
outra crônica e o que nos interessa nesta aqui é lembrar que sempre pode piorar,
então ... eu entrego, confio, acredito e já agradeço por existir o tal do Eminem na minha vida.
Até a próxima!
Paula Santtana