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Me parece que a opção Maternidade virou
sinônimo de problema, de falta de competência, de aberração, de “subemprego”.
Conheço gente que ainda acha limitada e medíocre aquela Mulher que decidiu ser Mãe
em tempo integral, que resolveu largar emprego, independência financeira e todo
o status que vem acoplado, para se dedicar exclusivamente aos Filhos e ao Lar.
E sim, quero utilizar letra maiúscula para me referir a Filhos, Maternidade,
Mãe, Mulher e Lar. É de propósito. E não, este tipo de opinião não é uma particularidade dos homens não. Tem um grupo de mulheres por aí que insiste em
denegrir a imagem das outras que não querem ou não concordam com a dupla
jornada escalpelante que se estabeleceu. Parece coisa de gente recalcada. Que precisa diminuir
para se sobrepor. Sei lá ... estranho `a beça.
Minha comadre acha que as coisas passam
pela palavra Dom, de que é preciso que haja embocadura para o riscado, talento
para ser Mãe. Uma grande amiga minha, ao contrário, acredita que vivemos a era
da deturpação, onde ninguém na verdade está satisfeito com seu lugar ao sol. Aí
tem ... mulher querendo ser homem, homem querendo ser mulher, criança que
deseja ser adulto, adulto que insiste em se comportar como criança ... o samba
do crioulo doido. Será que serei processada? Denegrir ... Crioulo doido .....
etc e tal ... um saco geral. Retificando em tempo: o samba do branquinho doido.
E .... ah! Querem saber? Que se dane, é denegrir mesmo e pronto. Ficou uma
duvida: Judiar? Vou ter que pesquisar.
Achei interessante o Papa Francisco, o
atual queridinho de nove entre dez, reverenciar a figura feminina, ou melhor, a
figura da Mãe o tempo inteiro durante a JMJ. Calado, com o terço em punho ou em
seus discursos contundentes e precisos, rebuscados pela delicadeza que lhe é
peculiar, era um tal de Maria para cá, Maria para lá, Mãe aqui, Mãe ali. Como
se quisesse dizer ... “Ser Mãe não é pecado”. “Ser Mãe não é doença.” “Ser Mulher
é algo Nobre, Especial .... pipipi, pópópó., pão quente.” Foi o que me passou
Sua Santidade. Não? Equivoquei?
Semana passada falei sobre o mercado de
trabalho e suas crueldades e nesta, me deu vontade de concluir a questão tipo
Papa Francisco: batendo palmas para aquelas que optaram pela Maternidade, que
abriram mão de suas autonomias, suas vaidades, seus desejos e vontades pessoais,
suas carreiras, em prol do próximo. De algo que julgam maior: a Família. E a
manga é azeda, hein? É preciso muito desprendimento. Já vivenciei os dois lados
da moeda e posso dizer que é Mil vezes mais fácil trabalhar fora do que em
casa. Eu acho! E ando pensando serinho no assunto de novo. Mas, voltando, quero
dar os parabéns às Mulheres que estão aí fora, firmes e fortes, defendendo seus
Lares, ao lado dos filhos. Não tem nada de menor nisso, de vagabundice,
preguiça ou incompetência. Aliás, é o oposto. É preciso muita competência e
inteligência para ser Mãe de carteira assinada e papel passado. É
imprescindível ter capacidade de administração, conhecimento em economia, informática,
gestão de pessoas, falar Google fluentemente. Visão Estratégica. De Mercado. Disponibilidade
para viagens, acesso à cultura. Além de um bom relacionamento interpessoal, habilidade para trabalhar em equipe, espírito
de liderança, talento para lidar com o imponderável, gerenciamento de crise, otimismo,
proatividade, criatividade, disponibilidade total e absoluta. Vestir a camisa
da empresa. Cansaram? Tem mais, Mãe não pode errar. Não há plano B não. Muito estressante o cargo, isso sim! Selvagem!!! Vai ver, por isso
até hoje ninguém criou o “Bolsa Mãe”. Muito alto teria que ser o valor. O salário
seria calculado com base em um cargo corporativo, somado aos ganhos de uma boa
babá, mais os benefícios. Ih! Será?
Agora me deu até ideia. Enfim, ser Mãe é ..... ralar para cacete.
Até a Próxima!
Paula Santtana